Um dúvida frequente permeia os professores e o ambiente escolar: Até onde o uso da tecnologia da informação pode ser utilizada para o processo ensino-aprendizagem de nossos alunos? Afinal, o computador é amigo ou inimigo da educação?
Antes de mais nada, devemos deixar uma coisa bem clara: Quando falamos de tecnologias de informação, não estamos falando de máquinas. Na verdade, nos referimos ao desenvolvimento de técnicas e práticas para transformar a informação em conhecimento, e este em experiência. Como já dizia BUENO, tecnologia é " um processo contínuo através do qual a humanidade molda, modifica e gera a sua qualidade de vida. Há uma constante necessidade do ser humano de criar, a sua capacidade de interagir com a natureza, produzindo instrumentos desde os mais primitivos até os mais modernos, utilizando-se de um conhecimento científico para aplicar a técnica e modificar, melhorar, aprimorar os produtos oriundos do processo de interação deste com a natureza e com os demais seres humanos." (1999, p.87)
Para tanto, podemos utilizar ferramentas tecnológicas como o computador. Mas ferramentas são, no mínimo, substituíveis.
Essas técnicas podem se tornar realizáveis em qualquer ambiente escolar, mesmo que na escola não existam ferramentas tecnológicas adequadas.
Um professor de geografia pode, por exemplo, relacionar os meridianos e paralelos do mapa-múndi ao sistema gráfico de coordenadas cartesianas estudados em matemática, e vice-versa. o aluno perceberá que se trata de um mesmo assunto observado sob a ótica de dois conteúdos distintos. Um professor de química, ao discorrer sobre os modelos atômicos, atravessa atravessa importantes épocas da literatura e da história. Se esses três professores puderem trabalhar em conjunto, os alunos poderão perceber que um único fato traz reflexos em todas as áreas do conhecimento humano. E nisso consiste a tecnologia da informação: na capacidade de estabelecer ligações entre um tema e outro aparentemente distinto do primeiro, compreendendo os dois.