A internet tem se tornado, cada dia mais, uma grande ferramenta de pesquisa e fonte de informação e lazer para nossos jovens. É um espaço democrático. Não importa quem você é, qual sua classe social ou seu nível de formação intelectual. No espaço cibernético podemos ser quem ou o que quisermos. Mas toda a comodidade e facilidade que ela propõe tem um preço. Tão fácil como encontrar informações corretas e coerentes é encontrar informações erradas e superficiais. Aqui, novamente, se torna indispensável a presença de um orientador.
De maneira especial, em nossas escolas. Podemos e devemos direcionar o uso da internet e seus recursos para promover a construção do conhecimento dos nossos alunos. Temos, hoje, uma ferramenta com potencial inesgotável (e muitas vezes inexplorado em nossas escolas) para interagir com nossos estudantes e levá-los a “filtrar” aquilo que está na grande rede. E mesmo para complementar a prática tradicional de ensino. Podemos citar como exemplo a eterna luta para que os alunos produzam textos na escola ou se dediquem à leitura. Mas simplesmente ignoramos a quantidade de textos que esse mesmo aluno pode ler ou produzir num único dia, respondendo aos scraps de sua página em um site de relacionamento, conversando on line através de programas de mensagens instantâneas ou atualizando depoimentos em seus blogs. E quando ignoramos esses textos, jogamos fora uma grande oportunidade de promover um aprendizado de qualidade e, principalmente, que faça “sentido” na vida do estudante.
Nossos alunos não vão deixar de acessar a internet para ler Camões. Ao contrário, quando essa leitura for proposta, é mais provável que busquem pela internet um resumo da obra. E isso ilustra um mau uso da rede. Sem orientação adequada, nossos alunos vão continuar utilizando de forma inadequada o potencial da internet, vão continuar escrevendo mal em seus blogs, sites e mensagens, e, o pior, vão continuar trazendo para a escrita seus vícios de “internetês”.
Costumo dizer que um direcionamento correto do uso da internet é tão importante para o jovem como uma boa conversa sobre sexo. Com ou sem uma boa orientação, ele vai acabar aprendendo. E faz toda a diferença “com quem” ele vai aprender.
Este texto também está ótimo. Nele, eu gostei da comparação feita na conclusão. Um abraço
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